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Foto do escritorDanielle Machado

Expectativas nas Relações e a Busca por Felicidade

Atualizado: 19 de jun.

Até que ponto nossa expectativa em relação ao outro impede a nossa felicidade? O outro, no nosso conjunto de fantasias a respeito de um relacionamento romântico e perfeito, deve suprir nossas carências, nossos desejos, nossas faltas e a sensação de incompletude.

Essa visão deposita no parceiro(a) a responsabilidade de completar e consertar o que foi quebrado ao longo de uma vida inteira. Porém, essa ilusão de que só somos inteiros com alguém, coloca uma carga imensa sobre qualquer relação. Por que não unir dois inteiros?

Relações que começam carregadas de expectativas e idealizações tendem a enfrentar desafios significativos, muitas vezes levando ao insucesso. As expectativas elevadas podem criar uma pressão irrealista sobre ambos os parceiros, dificultando o desenvolvimento de um relacionamento saudável e genuíno.

Quando depositamos em alguém nossa felicidade, nossa calma e nossa plenitude, deixamos para o parceiro o papel de maestro de nossa vida. Contudo, a pessoa com quem nos relacionamos não mudará essencialmente para se encaixar em nosso ideal. Aqueles que tentam se transformar para caber nesse molde imposto por expectativas externas acabam pagando um preço alto no futuro.

Muitos acordam um dia infelizes e se perguntam: “Como eu vim parar aqui?”

A resposta geralmente reside no fato de terem cedido aspectos importantes de si mesmos, abandonado práticas que lhes faziam bem, tudo em uma tentativa de se encaixar em um lugar inventado que muitas vezes não é o que você precisa.

Relacionamentos são espaços onde duas pessoas diferentes tentam construir algo juntas. Isso implica em aceitar que ambos são completos e independentes. A união de dois inteiros, e não de dois seres incompletos, resulta em uma base mais sólida e satisfatória para a relação.

Para construir relacionamentos saudáveis, é necessário revisitar e ajustar nossas expectativas. Precisamos reconhecer que nossa felicidade não depende do outro, mas sim de nosso próprio esforço e autoconhecimento. Ao entrar em uma relação como um indivíduo inteiro, capaz de dividir sua vida, e não como alguém buscando ser completo pelo outro, criamos um ambiente de crescimento mútuo e respeito.

Cultivar essa perspectiva pode transformar a maneira como nos relacionamos, levando a relações mais felizes.

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